Um pouco sobre mim...( não encima)
- gupeca
- 24 de jun. de 2015
- 4 min de leitura
Vou me inspirar no que os redatores na Marvel estão fazendo na primeira página nas edições da Salvat, e escrevendo um resumão da trama, eles chamam isso de "o que nos trouxe até aqui".
Então aqui vai o meu "o que me trouxe até aqui", vou pular a parte de infância e adolescência, até porque isso num é sessão de psicanálise, e pra uma pessoa adulta o que importa é sua vida adulta.
Estudei em Assis por 5 longos anos, cansei de estudar, foram 5 anos de período integral, dois de estágio, enfim sai completamente empapuçado de estudar, queria loucamente arrumar um emprego. No meu ultimo ano de faculdade me dediquei a um concurso maluco no Maranhão que não tinha nada a ver com a minha área, mas o salario era muito interessante. Embarquei nessa jornada em busca de "amarrar meu burro na sombra", eis que o destino usou de seus joguetes comigo e ainda no meio da viagem fui acometido de uma intoxicação alimentar: febre, vomito, diarreia e a completa falta de apetite foram meus companheiros no resto da viagem (fui de carro, do estado de São Paulo até lá...sim, idiota da minha parte), por incrível que pareça me coloquei de pé e fiz a prova, passando mal e pra ajudar o calor era de 40º e o ar condicionado da minha sala estava quebrado. Resultado óbvio, nem classificado fui, é meus caros essa não é uma história de super-heróis. Chamo esse momento de minha primeira grande queda =[ .
Seguindo me formei em Assis e voltei para Jaboticabal onde minha família residia, louco por um lugar ao sol, prestei mais concursos, um deles em São Paulo, onde fui recebido por uma enchente e o taxista me largou no meio da rua alagada e deu meia volta (por sorte eu tinha uma toalha ,hehe), também realizei a prova, mas como vocês já devem ter percebido lendo os posts sou meio burro, então fudeu denovo.
Logo cai na outra armadilha que me perseguiu por muito tempo, ONGs e seus trabalhos voluntários, me iludia com a ideia de conseguir experiência ou acabar sendo contratado e passava meses, algumas vezes anos prestando atendimento psicológico gratuito e de qualidade . (Em um caso foram seis meses e no outro um ano e meio, sou bem burro =] )
Um dos melhores momentos desses amargos 5 anos que passei em Jaboticabal foi o grupo de Teatro Amador: Cia. fazendo Arte, lá fiz amigos, desenvolvemos projetos, peças teatrais amadoras de rua, flash mobs, tragédias gregas, performance artística, primeiro zombie walk de Jaboticabal. Enfim foi uma loucura, zero grana, mas sinceramente num teve preço, pouco antes de sair meu ultimo projeto lá foi apresentar uma esquete curta de palhaços médicos (satirizava o atendimento na saúde) para crianças do orfanato local, para tal montagem convoquei meus atores/amigos mais queridos. Mas como tudo que é bom; um dia acaba, o grupo ainda existe e segue em frente, eu que não pude mais continuar.
Depois vieram os piores anos que passei lá, é meio foda falar disso, to tentando evitar nomes pra não constranger ninguém, mas vamos lá, tentar ser sutil. Minha irmã era minha melhor amiga e companheira de aventura em Jaboticabal, íamos em shows juntos, ela inventava viagens e coisas malucas, e dai der repente em 2013 ela entrou na faculdade e foi embora, me deixando órfão, foi seguir a vida dela (e que vida!), se ela autorizar um dia faço um post das aventuras dela, quem sabe ela anima e faz um blog.
Bem minha família vendo que eu estava triste, sozinho e sem ganhar um tostão furado, me convidaram a trabalhar com eles no nosso singelo comercio: uma estalagem local simplória porem que cuidamos com muito zelo. Aceitei e meus pesadelos começaram como todo negócio de família teve muitas divergências e brigas, nunca me dei muito bem com minha família, houve diversas rupturas e eu acabei administrando o hotel praticamente sozinho por 1 ano e meio, e passei pelos piores infernos que um ser humano pode passar dentro de uma empresa: licença médica de 3 funcionários (temos 6 no total), vigilância sanitária exigindo alterações na estrutura, além de problemas jurídicos com funcionários. Bem, mas nada disso me fez desistir, na verdade segurei as pontas e ainda aperfeiçoei processos e melhorei serviços, tudo enquanto o mundo caia na minha cabeça. Porém as divergências dentro da família não cessaram e foram se tornando insustentáveis. Eu poderia mudar de casa, mas ainda estaria no Hotel, se saísse do hotel e continuasse na cidade eu já sabia que não teria a menor chance na minha área de atuação, logo, meio no susto, meio de surpresa peguei as coisas que pude carregar coloquei numa mochila ( can you dig it?) e vim para Uberlândia. Por que Uberlândia? Pensei em ir pra Curitiba, mas estava frio, dai me lembrei de um amigo dos bons tempos do grupo de teatro que estava aqui, perguntei para ele se a cidade era boa e literalmente no outro dia estava aqui. E é isso, estou morando num quarto alugado e no presente momento entregando currículos para todo lado. Se surgir qualquer nova aventura interessante volto a postar sobre minha preciosa vidinha (referencia ao Scott Pilgrim), possivelmente o post vai chamar as “Novas Aventuras”... Ou “Eu contra o Mundo”...Sei lá, to ansioso para os próximos episódios.
A imagem aqui escolhida foi meu plano de fundo por muitos anos e muito me representa, além que amo Fallout

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