Torchlight 2, o filho bastardo de Diablo.

Existem poucos jogos que me fazem ter vontade de rejoga-lo depois de zerado. Isso só ocorre com uma paixão verdadeira (ou nem isso, tem jogos que adoro mais que não vou jogar de novo não), um destes poucos jogos em minha vida foi Diablo, mais especificamente Diablo 2.

Admito que conheci Diablo bem tarde, foi no ano de 2006 que fomos apresentados, Diablo 2 já havia sido lançado a pelo menos seis anos. Foi durante a faculdade (sempre a faculdade), um amigo chegou com seus jogos da Blizzard e acabou com a minha vida e mudou um pouco a rotina de FDS da republica.

Todos já eram familiarizados com MMORPG, RPGs online que copiam e muito o molde e jogabilidade de Diablo. Sei que criamos nossos personagens e iniciamos nossa campanha de heróis, todos com um toque meio dark e sinistro, coisa que dava todo um charme pra série. O jogo era dinâmico, muito diferente dos tradicionais JRPG de turno, e tudo ocorria muito rápido e era inexplicavelmente divertido. Sei que naquele mesmo fim de semana o jogo já havia terminado sua campanha, mas ficava a sensação de quero mais, havia a possibilidade de jogar numa dificuldade superior, ou criar um novo herói com habilidades diferentes, ou até mesmo criar o mesmo herói e distribuir os pontos de forma diferente só para experimentar as possibilidades ( um dos fatores mais singulares de Diablo 2 é sua arvore de habilidade, onde é praticamente impossível criar dois personagens iguais)

Desde então mesmo com gráficos ultrapassados de tempos em tempos reinstalo o bom e velho Diablo 2 e crio um personagem novo, mas os anos se passaram e eu já tinha um personagem de cada classe ( menos Paladino, Deus me livre), e surge a dúvida: “O que jogar agora?”

Eu já tinha jogado o primeiro Torchlight, era um jogo feito por membros da equipe original de Diablo, o jogo era muito bom, muito divertido, usava uma identidade própria, trocava o visual dark de diablo por personagens Caricatos ao estilo Cartoon, lembrando bastante a era de ouro da Disney . Mesmo com tantas qualidades Torchlight não convenceu, ele era muito bom, mas possuía só 3 heróis, e no jogo só se era possível jogar singleplayer, mesmo sendo um jogo fantástico, não tinha o fator “replay infinito”, você escolhia o personagem que mais fazia o seu estilo, finalizava o jogo, e pronto.

E eis que surge o derradeiro substituto de Diablo 2, Torchlight 2, os criadores do jogo ouviram o publico e criaram sua obra prima, o jogo era muito maior que o primeiro, tinha 4 classes customizáveis( escolhia: gênero, cabelo, rosto, cor de pele, além logico dos pets), e o tão esperado multiplayer. O jogo é extremamente completo, com muitas quests, side-quests, boss, semi-boss, dungeons, mapas, toneladas de loot (itens que caem no chão), era fantástico, e hoje é meu novo Diablo, pois de tempos em tempos mato o ócio fazendo uma nova campanha com amigos, ou criando um personagem novo. Torchlight 2 também traz um modo de criação de masmorra com um personagem que já finalizou o jogo, ele cria masmorras (dungeons) de poucos andares com características únicas e com um boss no final, muitas vezes esse boss é exclusivo desse modo e não um elemento reciclado da campanha. É muito divertido jogar online com desconhecidos essa mini campanha e ver as habilidades top de cada classe.

Muitos vão perguntar e Diablo 3? Simplesmente digo que achei bom, muito bem produzido, uma das melhores dublagens em português já feito em jogos. Porém Diablo 3 não é meu sucessor de Diablo 2, meu queridinho é o filho bastardo mesmo:” Torchlight 2”.

Abro parênteses aqui para Marvel Heroes, feito pelo criador de Diablo (David Brevik), jogo excelente também, free to play com elementos pagos, porém totalmente zeravel sem gastar um centavo. Por ser para um publico mais direcionado (fãs de HQs da Marvel) não o inclui na briga( afinal não é uma briga é minha opinião pessoal). Mas quem curte Marvel e RPGs ao estilo Diablo vale muito a pena dar uma conferida. ; )